O brasileiro merece o “Brasileirão” com emoção

Artigo

Autor: Thiago Costa
 
Dezembro é o último mês para apostas de quem erguerá o troféu de campeão brasileiro de 2011. Apostas a parte, fato é que a pelo menos uma década não vemos uma disputa tão acirrada e o melhor, com muitas equipes brigando pela coquista.

Chega de campeonatos onde o expectador só tem frustração, porque no fim do primeiro turno quem estava em primeiro lugar dificilmente não saía com o caneco.

As últimas disputas, afinal, pecavam em emoção. Após a decisão, contestada por muitos, da CBF( Confederação Brasileira de Futebol) de mudar o sistema de disputas, que passou do aclamado mata-mata para pontos corridos, o futebol de domingo não estava com a mesma cara.

Mas qual é então o segredo do antigo sistema? A imprevisibilidade. Por ser imprevisível, o jogo de futebol possibilita variações infinitas e permite com mais frequência resultados inesperados. Claro, isso mexe com os sentimentos das pessoas. Há algo em comum, já que vida é imprevisível, por excelência. E isso é que faz o futebol ser tão facilmente assimilável, em qualquer parte do mundo, em qualquer cultura. A imprevisibilidade é a linguagem que torna o futebol universal. E como isso se dá? Pelo esquema fundamental do jogo. Só um fundamento influi diretamente no resultado: a bola certeira que vaza a meta adversária. Como isso é raro e definitivo, é supervalorizado.

Este ano algo parece ter mudado ou os times cansaram de deixar o torneio sem graça. A oito rodadas do final, pelo menos, seis equipes apresentam chances reais de serem campeões. E o brasileiro agradece, pois Flamengo, Vasco, Fluminense, Corinthians, Botafogo e São Paulo dão motivos para vestir a camisa e torcer.

E eu torço por mais emoção nos próximos brasileirões e sem manipulações.