quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Crônica

Será que esses dias voltarão?
                                                                                                                                   Por: Lorena Martins
            Ultimamente ando em crise com a idade. Voltando a pensar no meu passado me deparo com uma enorme saudade da minha infância. Oh tempo bom que não volta! Mas, por incrível que pareça eu tenho a percepção de que as coisas só foram boas depois que já foram vivenciadas e agora são belas memórias passadas. Mamãe sempre bem dedicada adorava arrumar eu e minha irmã. Como diz aquela expressão “estávamos sempre um brinco”. Já, o papai se encarregava de levar para passear pela cidade, parquinhos e circos.
             A vida era tão tranquila e despreocupada! Ah, ai está uma palavra chave: despreocupação. Oh, coisa boa isso em! Aprendemos o significado dela tão cedo, mas não damos o devido valor.
             Olhando uma foto de um período da minha infância, me recordei que nessa época, eu ia à escola e brincava tanto nos intervalos. Quando chegava em casa não poupava nas brincadeiras caseiras, papai havia feito diversos balanços e distribuídos pelo quintal, em qualquer lugar que eu estivesse tinha um balanço.
            Ai como era bom brincar de pique-pega, pique-esconde, queimada, se arrebentar tentando aprender a andar de bicicleta e até as surras e castigos do papai! Ah! E o tempinho de chuva? Esse é mais gostoso quando se é criança. Quando deitava na cama dos meus pais e me embrulhava e passava a tarde inteira me entupindo de pipoca e poluindo a mente com a sessão da tarde e os desenhos do Cartoon network. Que mundo delicioso é a infância! Tempo que o papai colocava os presentes debaixo da árvore de natal durante a madrugada e morria de sorrir quando eu falava: oh, papai porque você não me acordou para eu ver o papai Noel? Mal sabia eu naquela época que o papai Noel da minha vida era os meus pais, hoje vejo que eles são os maiores e eternos presentes que eu já ganhei e os maiores responsáveis pela minha infância encantadora e feliz.
            Eles continuam sendo os meus maiores ídolos e conselheiros e ainda produtores do meu mundo de fantasia, só que agora do meu mundo de adulta.

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