quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Wi-Fi e o cabo de rede


Por Luanna Carvalho
Perfil

Diogo Mascarenhas tem 22 anos e está no 7º semestre do curso de Sistemas de Informação na Anhanguera. “Estou fazendo o Trabalho de Conclusão de Curso, e não vejo à hora de me formar, estou muito ansioso”.
            De segunda à sexta, Diogo acorda às 5h40 da manhã para ir ao trabalho, ele exerce a função de técnico de informática na Brasal veículos e sai às 14h. O que menos gosta no trabalho é ter que dar suporte aos usuários “hoje em dia qualquer pessoa tem que ter no mínimo o curso básico de informática, os funcionários estão muito incapacitados”.
            Janine Aragão trabalha no SAC da Brasal Veículos, e sempre que precisa de um suporte técnico, chama o Diogo para solucioná-lo. Ela conta que apesar dele rir algumas vezes das coisas que ela diz sobre os problemas que aparecem no computador, ele é bastante atencioso. "Sempre que tenho um problema ele procura me explicar o porquê do problema ter ocorrido, e em seguida resolve o problema, e sempre se põe a disposição caso volte o ocorrido ou apareça novos"
Duas vezes na semana, ele trabalha na Fulbright, uma empresa de bolsas de estudos para o exterior. Exerce a função de consultor de informática, mas cuida de muitas coisas por lá “Cuido das redes, computadores, servidores e até da parte elétrica”.
Apesar de não ter horário para sair, quando acompanhei seu trabalho na Fulbright, pude perceber que ele gosta mais de exercer essa função “Gosto muito porque eu que atualizo e decido toda a parte de tecnologia da empresa”.
Uma vez, o cabo de rede de uma funcionária da Fulbright deu um problema, e ele precisou desconectá-lo até que o material solicitado chegasse. Mas isso não seria um empecilho para usar a internet, já que a empresa trabalha com e-mails o tempo todo. Era só usar a internet Wi-Fi. Mas a moça ficou muito nervosa e disse que precisava do cabo da internet. Diogo nunca se esquece da resposta que deu a ela, e conta que respondeu da seguinte maneira “É só usar a internet sem fio, Wi-Fi, que é a mesma coisa de conectar o cabo.” Por mais que ela não tenha gostado da resposta, Diogo se sentiu um professor dando aula de informática básica.
Depois de trabalhar nos dois empregos, Diogo vai para a faculdade, onde falta só mais um semestre para se formar. "Após o dia trabalhando, tanto na Brasal quanto na Fulbright, ir pra faculdade acaba sendo um desafio enorme... pois o cansaço toma conta do corpo, tem dias que a turma está bem animada, nesses dias as aulas são bem produtivas, mas em outros casos, é bem cansativo às vezes até cochilo com o professor falando." Quando acompanhei a aula de Competências Profissionais, pude perceber que a turma não estava lá naqueles dias produtivos, e a carinha deles não enganava! Diogo havia trabalhado nas duas empresas nesse dia, e estava com muito sono! Ele disse que só não dormiu mesmo, porque eu estava do lado dele. “Eu estou quase tirando um cochilo nessa mesa nada confortável, só não vou fazer isso por respeito á sua entrevista” E riu.
Saindo da faculdade para ir para casa, a entrevista havia acabado, e o professor de Redes, Welton Dias veio nos cumprimentar. Aproveitei a oportunidade, e perguntei se o Diogo dormia ou era produtivo na aula dele. O professor Welton me respondeu “Ele é um dos meus melhores alunos, só tira 10 e nunca o vi dormir na minha aula! Que história é essa de cochilar nas aulas heim Diogo?” E soltou uma gargalhada! E assim encerrou mais um dia, para novamente recomeçar no outro!

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