quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Artigo

Contra a legalização da maconha

Por Lorena Guedes

Imagem: Google
A legalização da maconha é uma polêmica que envolve muitos brasileiros, mas o que não se popularizou ainda foi um consenso sobre o fato, afinal, o governo deve ou não liberá-la? Vou apresentar os dois lados da história, vamos primeiro aos pontos positivos da legalização. 
Os defensores da maconha afirmam que se o governo permitir o uso da droga a violência pode ser reduzida e os traficantes enfraquecidos, já que muitas pessoas vão preferir comprar com segurança em qualquer "padaria".
Outro fator apontado por eles é que a Cannabis Sativa pode ser usada na medicina. A erva combate náuseas, dores, perda de apetite e já foi autorizada em 16 estados dos EUA para esse fim.
Alguns ainda dizem que, a chance da droga causar dependência é pequena em relação a outras. Dos que experimentam maconha 9% ficam dependentes, contra 15% do tabaco e 32% de álcool. Proibir a maconha pode também estimular o consumo. Na Holanda, onde ela é liberada 5,4% das pessoas fumam, já nos EUA onde é proibida 10% fumam.
Além disso, o Estado poderia ser um dos mais beneficiados. Um estudo da Universidade Havard estima que o governo americano arrecadaria US$ 6,2 bilhões por ano se taxasse a maconha.
Agora, antes que você se convença de que é a favor da legalização, veja os pontos negativos. Primeiro que não existe a possibilidade da liberação da maconha acabar com o crime organizado, pois os bandidos simplesmente migrariam para outras atividades ilegais.
Outro ponto a se considerar, é que a cannabis pode causar alucinações e afetar a memória. Uma análise de 35 estudos publicada no jornal científico Lacent revelou que fumar maconha uma vez por semana eleva em 40% o risco de ter esquizofrenia.
Para os que dizem que a proibição estimula o consumo, eu discordo de que isso seja um argumento. Se pensarmos desse modo, o governo deveria liberar tudo a fim de desestimular as infrações. Não estou sendo radical, mas um país precisa de leis e de cidadãos conscientizados de que devem cumpri-las e não em se sentirem tentados a burlar regras.
Além do mais, segundo o médico que trabalha no Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas, Elisaldo Carlini, ocorreria o efeito inverso. Segundo ele, legalizar a droga significaria torná-la disponível e sujeita a campanhas de publicidade, o que estimulariam o consumo.
Com a erva acessível e barata muitas pessoas poderiam comprá-la para experimentar, fazendo com que cresça o número de dependentes. Com mais viciados, poderia ocorrer um aumento no número de crimes cometidos, em busca de dinheiro para sustentar o vício.
Algumas pessoas ainda, podem sofrer acidentes sob o efeito da erva. Os hospitais já não são preparados para atender aos dependentes de drogas autorizadas, mais uma droga poderia piorar ainda mais a saúde pública.
De acordo com o Ministro da Saúde, o Brasil não tem estrutura para tratar seus dependentes. Faltam 350 leitos hospitalares, 900 casas de acolhimento e 150 consultórios de rua para atender a atual demanda.
O Estado iria ter que investir mais em centros de reabilitações, hospitais e remédios, não compensaria o lucro da taxação da droga. E mesmo que compensasse, o governo lucraria a custo da saúde alheia.
A maconha pode ser a entrada para outras drogas mais pesadas. Ela aumenta em 56% a possibilidade de consumo de outros tipos de drogas. Imagine quantos jovens não iriam comprar a droga para experimentar com o pretexto de ser legalizada, assim como fazem com o tabaco e o álcool?
A sociedade já sofre com as drogas permitidas no Brasil, a saúde e a família de muitas pessoas foram e são prejudicadas, não precisamos correr o risco de facilitar o uso de mais uma droga aos brasileiros.

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