quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Sonhar para realizar

Crônica


Autor: Thiago Costa

Um all-star sujo, bermuda e uma blusa com finas listas verdes. Um dia, para todo resto do mundo, normal, mas para mim outro dia em que sonho ser um astronauta. Aliás, sonhar sempre foi a minha praia. Parece justo separar a vida por etapas. Minha velha sempre sorria ao me ver, moleque, falar que queria ser motorista de caminhão e sair dirigindo um enorme veículo. Ela sabia que não tardava, eu apareceria com outra coisa para sonhar.

Tudo o que fascina é o que nos leva a devanear. Parece ontem, aquela final de Copa do Mundo na terra do Tio San, eu com sete anos lembro do Tafarel que parecia uma muralha no gol canarinho. Mas como em um piscar de olhos, uma cobrança de pênalti, para a lua, de Bagio e lá veio ele, um cara de pouco mais de 1,60 de altura, ajeitou a bola na marca da área e converteu o gol. Naquele momento sonhei de novo, vou ser jogador de futebol.

Até tentei, me esforçava na prática, mas todos aqueles garotos sonhavam o mesmo que eu. Mas um dia ao ligar a TV, vi um cara barbudo com gestos estranhos, cantando músicas estranhas e pensei: “Quero ser um rock star”. Se Renato Russo ou Axl Rose tivessem visto minha empolgação, talvez até tivesse chance.
Acho que o tempo passou ou eu passei do tempo, não sei, mas uma professora de português do ensino médio despertou um sonho: o de escrever. Até chegar aqui foi, no mínimo, um milhar de sonhos para começar a concretizar algum. Do sonho ao real, agora sonho, pelo menos por enquanto, em ser jornalista pra ficar assim, contando os sonhos.


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