Sonhando com a profissão

Crônica

Por Laize de Andrade

Na brincadeira de pique-esconde entre crianças é impossível prever como será o mundo depois de adulto. Quando criança a brincadeira e a bagunça entre coleguinhas e primos, os sonhos para o futuro são outros. Professor, médico, policial, astronauta são algumas profissões que rodeiam a mente de uma criança que cogita entre vários pensamentos.

O melhor de tudo era sonhar com super-heróis e querer ser um power-rangens rosa. Como o mundo de uma criança era cheio de fantasias e ideias coloridas, que não iam além da imaginação. A fantasia de completar logo os 15 anos e poder namorar fazia parte de algumas conversas entre amigos, depois o sonhado 18 anos. Que legal seria ter a maior idade para poder trabalhar, tirar a carteira e poder sair fazendo estripulia com o carro do papai. Como é ingênua a mente de uma criança.

Também queria ser médica pediatra, achava a mais bela das profissões. Como era bonito ver uma doutora com salto alto, vestida de jaleco branco atendendo as criancinhas, como eu achava lindo.

No entanto, no final do ensino médio minha visão passou a ser outra. A área de comunicação passou a fazer parte da minha vida, me fascinando. Achava interessante e diferente a profissão de jornalista. Como devia ser legal aparecer na TV toda arrumada e maquiada para apresentar um jornal. O melhor de tudo seria ser conhecida por todos. E os repórteres de TV, como era legal ver a Eliana fazendo matérias em Cancun no México, se divertindo com os golfinhos e, o melhor, com tudo pago. Essas aventuras me fascinavam, achava o máximo aproveitar as belezas da vida como repórter e aparecer na TV. Então, foi este caminho que eu resolvi seguir, nas com outro segmento, na área de assessoria de imprensa.

Como seria bom voltar no tempo e sonhar entre outras profissões e não ter responsabilidades. Além disso, brincar de boneca, pique esconde, assistir desenhos depois da aula e dormir a tarde inteira. Hoje a responsabilidade é outra. O melhor de tudo é que criança não sonha com responsabilidade e sim com caprichos no mundo cor-de-rosa e ideias utópicas que não vão além do pensamento.