sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Por Jeane Melo 
Crônica Lírica

Lembranças que o tempo não apaga

   Ah meus quatro anos, que saudades! Época em que tristezas não existiam e os problemas então, o que eram?
  Na infância a felicidade se encontrava em todos os lugares, as pessoas eram confiáveis, os amigos imaginários eram mais que reais.
    Ah que saudades dessa infância...
    Infância que foi tão boa, e eu doida para que passasse logo para poder desfrutar a vida adulta. Mal sabia eu, que seria envolta a tantas responsabilidades.
    Brincar, comer, dormir e brincar de novo, a vida se resumia nisso. Ficar horas em frente à TV assistindo Ursinhos Carinhosos, Chapolin Colorado, Chaves, Turma da Mônica, TV Colosso, ah como era bom, mas quando a mãe chamava para tomar banho era a parte mais chata. Precisava mesmo desse momento? Logo na hora em que a brincadeira estava ficando boa?
    Os irmãos mais velhos que se achavam no direito de mandar na sua vida e ao mesmo tempo te excluíam quando estavam paquerando alguém. Vê se pode? Uma hora te tratavam como a “queridinha da mamãe”, outra hora resmungavam: Quem mandou você nascer?
     Boas lembranças que ficam preservadas na memória e em poucas fotos que a mãe faz questão de guardar a setes chaves numa caixa, no interior do guarda roupa.
     Colecionar figurinhas, papéis de cartas, brincar de barbie até uma horas, pular corda, amarelinha, elástico, enfim, como era Bom! Eu era feliz e não sabia.
     Éh, a garotinha que aos quatro anos sonhava em ser atriz, brincava com os ursos e bonecas como se fossem plateia, hoje se vê a inúmeras dúvidas quanto ao futuro profissional. Mas as incertezas fazem parte da vida, e são elas que nos fazem crescer. Quando criança não pensava em ser jornalista, hoje não consigo me ver fazendo outra coisa.
     Passar por inúmeras fases é necessário, desfrutá-las como devemos é que é a grande questão! A vida passa muito rápida, e quando somos adultos parece que as horas se resumem em minutos, ou melhor dizer, segundos.
      Mas, viver é a grande dádiva do ser humano, e que venham mais fases, pois serão muito bem-vindas e como diz a letra da música de Gonzaguinha:
       Viver! E não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar, a beleza de ser um eterno aprendiz...
       Ah meu Deus! Eu sei, eu sei que a vida devia ser bem melhor e será, mas isso não impede que eu repita, é bonita, é bonita e é bonita...

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